Ragu de Costela com Alho Negro: Um prato intenso, acolhedor e incrivelmente saboroso

Há receitas que pedem pressa, mas há outras que exigem pausa. E o Ragu de Costela com Alho Negro, é uma dessas. Para nós, esse é um prato que não se apressa, que cozinha em silêncio, que transforma o tempo em sabor. Ele fala devagar, como as boas conversas à beira do fogão, e entrega na boca o que só pode ser conquistado com paciência, profundidade, calor e verdade.

A costela bovina, com sua gordura entremeada e sabor marcante, se desfaz lentamente ao longo das horas. O que antes era rigidez, vira maciez. O que antes era músculo, vira afeto. Mas é o Alho Negro que muda tudo. Discreto no tamanho, mas gigante em presença, ele chega para dar alma ao preparo. Seu sabor é surpreendente: adocicado, quase balsâmico, com notas que lembram tamarindo, shoyu envelhecido, frutas escuras e até um leve toque de trufa. Ele não domina, ele eleva.

E é curioso como tudo se encaixa: a rusticidade da carne se encontra com a sofisticação fermentada do Alho Negro. O molho denso abraça a massa como se fosse um cobertor em tarde fria. O aroma invade a casa e diz, sem palavras, que algo especial está sendo preparado. É o tipo de prato que carrega lembranças futuras e que já nasce com a vocação de se tornar memória.

Em resumo, fazer Ragu não é apenas cozinhar, é criar uma atmosfera. A cozinha se transforma num templo onde o fogo baixo rege o ritmo, e cada ingrediente, acredite, tem sua hora de falar. Cenoura, Manjericão, Colorau, Cebola, Alho, Azeite, Carne... Tudo junto, tudo aos poucos. É um prato que te envolve a estar presente, que não permite distração e que exige o toque do olho e o tato da alma. O resultado é um convite para sentar à mesa sem pressa, para servir generosamente, para repetir como manda a lei e para mergulhar fundo nos sabores que vêm de longe, mas que falam direto ao coração.

A importância dos bons ingredientes

Todo prato inesquecível começa muito antes do fogo

No caso do Ragu de Costela com Alho Negro, cada elemento carrega um papel essencial na construção do sabor profundo e harmonioso. A Costela Bovina, generosa em gordura e sabor, pede respeito ao tempo. A Cenoura e a Cebola entregam doçura e corpo ao molho, enquanto ervas como o Tomilho e o Alecrim, criam uma base aromática envolvente. E enquanto o Colorau (indispensável nesta receita) colore com vigor, o Manjericão seco adiciona notas terrosas e o Azeite une os caminhos com sua untuosidade marcante. Para completar, o Alho Negro sela a identidade da receita com sua personalidade complexa e maturada, transformando o Ragu em algo que ultrapassa a cozinha do dia a dia e entra no campo da experiência sensorial.

Para te inspirar, aqui vão as nossas melhores indicações de ingredientes para você recriar com exatidão essa receita na sua casa. Eles são repletos de qualidade, de sabor e de conceito. Por isso, são de fato as melhores escolhas na atualidade.

Alho Negro

O tempo como tempero... O umami como surpresa!

Nem todos os sabores podem ser explicados. Alguns precisam ser sentidos, de preferência bem devagar, como quem descobre um segredo antigo. E o Alho Negro, de fato é um desses casos. Criado a partir da fermentação lenta do Alho comum, em um processo que dura semanas sob temperatura e umidade controladas, ele se transforma por completo: a pungência desaparece, dando lugar a uma doçura complexa, com notas que lembram frutas secas, molho shoyu e até balsâmico envelhecido. Sua textura macia e escura carrega um sabor umami profundo, que não invade, mas envolve. Ao entrar na receita, o Alho Negro não apenas tempera, mas revela uma nova camada de sabor, tipo aquelas que toca a memória e o paladar com uma elegância silenciosa.

Produzido pela Benesser Alho Negro de Brusque/SC, este Alho Negro representa para a gastronomia um verdadeiro encontro entre saúde, elegância e intensidade. Inspirado por uma viagem à China, o fundador Ricardo Reitz encantou-se com o Alho Negro e decidiu trazer essa preciosidade para o Brasil. Assim nasceu a Benesser Alho Negro, uma marca com o propósito de oferecer um produto premium, saudável e surpreendente. O nome, inclusive, vem do italiano "Benessere" (Bem-estar) e traduz a essência da marca: criar alimentos que nutrem o corpo e encantam os sentidos. Ao lado de Dalvan Alflen, Ricardo desenvolveu um processo artesanal e rigoroso, sem conservantes ou aditivos químicos, respeitando cada etapa da fermentação para elevar as propriedades naturais do Alho. O resultado? Um alimento de sabor único, refinado e absolutamente cativante.

Manjericão Seco

Notas herbais que acariciam o prato

O Manjericão Seco é muito mais que um tempero, é um sopro de frescor capturado em forma de erva. Quando desidratado, esse tesouro aromático concentra seu perfume doce e levemente picante, evocando campos ensolarados e tardes preguiçosas ao ar livre. No Ragu de Costela com Alho Negro, por exemplo, o Manjericão seco adiciona um acorde terroso que se mistura ao caldo espesso, equilibrando a robustez da carne e complementando as camadas de sabor. É aquele toque final que acende a memória gustativa, ou seja, um verdadeiro convite para retornar ao prato.

Colorau

O Vermelho que colore e aquece

Tão conhecido como a páprica ou o açafrão, o Colorau, ou Colorífico, é o ouro das cozinhas rústicas. Extraído de sementes de urucum, ele tinge a preparação com um tom quente, levemente alaranjado, e confere um sabor suave, terroso, quase adocicado. No Ragu, olha que legal, ele atua como artista silencioso, unindo visual e paladar em um só gesto. Sua presença despercebida, mas sentida, colore o molho e aquece o olhar antes mesmo da primeira garfada.

Produzidos pela Kampo de Ervas de Ribeirão Preto/SP, estes ingredientes carregam a alma de um cultivo que respeita a terra, o tempo e as pessoas. Referência nacional em produtos orgânicos e naturais, a marca se destaca por transformar ingredientes simples em verdadeiros patrimônios do sabor e da saúde. Seus temperos, como o Manjericão Seco, o Colorau e tantos outros, são colhidos manualmente no ponto ideal de maturação, desidratados com cuidado e embalados com propósito: preservar o aroma, a cor e as propriedades vivas de cada folha, fruto ou raiz. Livre de agrotóxicos e aditivos, a Kampo de Ervas oferece muito mais que temperos e especiarias, oferece um elo direto entre o campo e o prato, entre o cuidado e o prazer. Em cada embalagem, pulsa uma história de comunidade, de ética e de profundo respeito pela natureza.

Azeite Picual e Coratina

O Azeite como elo de sabor

Aveludado, vibrante e ancestral, o Azeite de Oliva é como um fio condutor de sabor, costurando ingredientes, despertando aromas e imprimindo alma ao prato. Nesta receita, em especial, indicamos graciosamente o Blend Picual e Coratina da Azeiteria Vincitore, que além de trazer em sua essência belas notas verdes, picantes e levemente amargas, carrega frescor, personalidade e profundidade, sendo ideal para pratos intensos e marcantes, como o Ragu de Costela. Elevando os temperos e prolongando o prazer no paladar, o frescor herbáceo da Picual traz estabilidade e vivacidade, enquanto a profundidade da Coratina oferece intensidade, leve picância e um amargor nobre. Juntas, essas duas castas formam um Azeite robusto, de frutado médio, com presença firme e persistente. É um Azeite que não se limita à função, mas que marca o prato com sua assinatura refinada, transformando cada garfada em um momento memorável.

Nascida do sonho da família Pontel, descendente de imigrantes italianos na cidade de Ipê, na Serra Gaúcha, a Azeiteria Vincitore carrega em seu nome (que significa "vencedor", em italiano) uma homenagem à história de superação e amor à terra. Inspirados pelas tradições da gastronomia italiana, decidiram cultivar oliveiras e produzir Azeites de alta qualidade em uma região marcada pelo vinho e pela cultura familiar. Com colheita manual, escolha cuidadosa do ponto de maturação e processamento rápido, seus Azeites seguem rigorosos padrões internacionais. Cada garrafa é uma expressão do cuidado, da herança e da paixão por uma mesa farta, onde o azeite não é só um ingrediente, é um símbolo de convivência, sabor e celebração.

Agora que todos os sabores foram apresentados e cada ingrediente revelou sua essência, é hora de transformar inspiração em prática, senão melhor, de dar vida ao Ragu de Costela com Alho Negro. Que o preparo seja tão prazeroso quanto a degustação, e que cada etapa revele o encanto de cozinhar com intenção, afeto e bons alimentos.

Ragu de Costela com Alho Negro

Um prato intenso, acolhedor e incrivelmente saboroso

Para essa receita você irá precisar de:

1kg de Costela Bovina

1 cabeça de Alho Negro

1 colher de Colorau

1 colher de Manjericão Seco

1 ramo de Alecrim

1 ramo de Tomilho  

1 Cenoura

1 Cebola

Azeite e Sal à gosto

Molho de Tomate à gosto

Preparo:

Na panela de pressão, aqueça um fio generoso de azeite e coloque a carne para dourar até selar. Para facilitar, corte a carne previamente. Após selar os dois lados da carne, adicione a cenoura em lâminas grossas, o colorau, o manjericão seco, a cebola cortada em cubos grossos, o ramo de alecrim, o de tomilho e os dentes de alho negro. Tempere com sal a gosto e cubra com água até atingir a altura da carne. Tampe e cozinhe na pressão por cerca de 40 minutos.

Após esse período, desligue o fogo, retire a pressão e separe a carne dos ossos, desfiando-a com cuidado. Reserve o caldo do cozimento.

Em uma frigideira grande, aqueça um pouco mais de azeite e...

adicione a carne desfiada...

acrescente parte do caldo...

deixe cozinhar um pouco...

e finalize com molho de tomate de boa qualidade.

Deixe reduzir até obter um molho encorpado.

Só para você ter uma ideia, o Ragu pode ser servido de diversas formas, mas aqui, sugerimos a combinação com Talharim de massa fresca e preparado al dente. A massa, ao ser abraçada pelo molho espesso e aromático, revela toda a potência do prato. Para finalizar, um fio generoso de azeite extra virgem e, se desejar, um talo de hortaliça para trazer um aroma ainda maior.

Para brindar essa receita que reúne tempo, memória e intensidade, nada melhor que uma Cachaça envelhecida. A suavidade alcoólica, combinada aos toques de baunilha, castanhas e madeira, entra em diálogo com a suculência da costela e o dulçor do Alho Negro, criando uma harmonização quente e marcante. É o tipo de bebida que não apenas acompanha, mas complementa e realça cada camada do prato.

Cachaça Independente

O espírito do Brasil em cada gole

Para um prato de presença marcante como o Ragu de Costela, a harmonização pede uma bebida à altura, e a Cachaça Independente, da Jeceaba, cumpre esse papel com maestria. Envelhecida por 4 anos em barris de Jequitibá Rosa e Carvalho Americano, essa edição especial traz equilíbrio entre rusticidade e elegância. Seu aroma é profundo (com notas de baunilha e madeira tostada), sua coloração âmbar aquece o olhar e seu sabor é uma dança sutil entre o dulçor, o defumado e o frescor do destilado artesanal. Para completar, sua textura aveludada e complexa fazem dela o acompanhamento ideal para pratos intensos, bem como salgados, doces e claro, para celebrar momentos especiais.

Produzida no coração de Jeceaba, um sereno município de Minas Gerais, a Cachaça Jeceaba carrega consigo a alma da terra e da família Dutra Sejas, que transforma cana-de-açúcar em arte líquida com paixão e excelência. Com fermentação natural e destilação em alambiques de cobre, cada rótulo é o resultado de um processo minucioso e respeitoso, sem pressa e sem aditivos. A linha de blends especiais, como a Cachaça Independente, representa a fusão entre inovação e herança cultural, entre madeira e alma. Mais do que uma bebida, é uma experiência afetiva que desperta emoções, enriquece celebrações e honra o Brasil com sofisticação em cada gota.

Como pode ver, há pratos que sustentam e há pratos que emocionam. E o Ragu de Costela com Alho Negro faz os dois. Ele nutre o corpo com sua densidade rica, mas nutre também o espírito com sua carga de afeto, ancestralidade e presença. É um prato para reunir. Para celebrar. Para aquecer as conversas e esticar os momentos à mesa.

Mais do que uma receita, é uma entrega de tempo, de cuidado e de ingredientes que se destacam. E ao final, o que fica não é só o gosto, mas a lembrança boa do que foi vivido enquanto se preparava, se servia e se saboreava. Porque comida boa é aquela que faz o momento... e depois, faz história.

Até a próxima receita!

Créditos de Conteúdo e Fotografia:

Revista Nós e outros Olhos

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Azeiteria Vincitore

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No Cenário:

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