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DRINQUES LATINOS


A riqueza gastronômica latino-americana já não é desconhecida de ninguém: os guias de restaurantes estão cheios de novidades vindas dos países hermanos. Agora é a vez dos drinques latinos trazer em novos sabores às cartas de bares e restaurantes.

Era o que pressentia o mixologista Fabio D Olivera quando deixou sua Buenos Aires natal, em 2006, para radicar-se no Brasil. Hoje no comando do balcão do Suri Ceviche Bar, em São Paulo, ele é um dos profissionais que ajudam a popularizar misturas saborosas que vão muito além do popular mojito cubano.

“O brasileiro está viajando mais, abrindo-se para outras culturas”, diz Fabio. “É natural que descubra os sabores dos países mais próximos.” Aqui, ele apresenta alguns dos drinques latinos clássicos que serve no Suri, além de misturas mais contemporâneas, que descobriu em suas andanças pelo mundo. Andanças físicas e virtuais: segundo ele, a internet tem ajudado a elevar o nível da coquetelaria mundial, ao promover o intercâmbio de informações. “Hoje, posso saber o que os melhores barmen de Berlim ou Bogotá estão fazendo”, diz.



Foto: Rogério Voltan/ Editora Globo
MÉXICO | Michelada | A mistura de cerveja com gelo, limão, sal e pimenta se popularizou nos anos 70. O nome vem de "Mi chela helada", minha cerveja gelada | Passe uma rodela de limão na borda de um copo e encoste-o no sal até cobrir toda a circunferência. Misture no copo meia cerveja long neck do tipo draft, 2 colheres (chá) de molho inglês, 4 colheres (chá) de suco de limão-taiti, cinco gotas de molho de pimenta e duas pedras de gelo. Se quiser fazer a variação vermelha da michelada, acrescente 50 ml de suco de tomate e diminua a quantidade de cerveja. Rende 1 taça.


Foto: Rogério Voltan/ Editora Globo
CUBA | Daiquiri | Invenção do engenheiro americano Jennings S. Cox, que explorava minas abandonadas em Cuba, ganhou fama em Havana. O escritor Ernest Hemingway gostava de tomá=lo no bar El Floridita, aberto até hoje | Coloque 50 ml de rum branco, 25 ml de suco de limão-taiti e 1 ou 2 colheres (chá) de xarope de açúcar* numa coqueteleira com gelo • Bata, passe por passador de gelo e peneira e sirva numa taça de martíni | Para a versão frozen, use gelo picado em liquidificador ou processador e sirva sem coar | Rende 1 taça. 



Foto: Rogério Voltan/ Editora Globo
CHILE | Terremoto | O drinque foi criado no bar La Piojera, em Santiago, mas quem o batizou foi um jornalista alemão que cobria o terremoto chileno de 1985. Depois de virar sua dose, ele teria declarado: "Isto, sim, é um terremoto". | Coloque 1 xícara de vinho branco seco, 2 bolas de sorbet (à base de água) ou sorvete de abacaxi e algumas gotas de Fernet ou outro amaro numa coqueteleira com pouco gelo | Bata bem por alguns segundos e sirva, com canudo, em copo alto (400 ml) | Rende 1 copo. 



Foto: Rogério Voltan/ Editora Globo
COLÔMBIA | Canelazo de verano | Típica das festas de final de ano na Colômbia, é servida quente. Fabio D Oliveira a reinventa em versão gelada. A original leva aguardente, destilado colombiano de cana aromatizado com anis | Coloque 50 ml de rum, 100 ml de infusão de canela e rapadura* e 2 colheres (sopa) de suco de laranja em coqueteleira com gelo e bata por alguns segundos. Sirva em copo longo com gelo, com borda decorada com açúcar de laranja** | Rende 1 copo. 

(Foto: Rogério Voltan/ Editora Globo)

PERU | Pisco sour | Clássico peruano, também popular no Chile, foi criado no Morris Bar com pisco, uma aguardente de uva, nos anos 20. O bartender Victor Vaughn teve a ideia; outro, Mario Bruiget, arrendondou a receita adicionando a clara de ovos (que deixa o drinque cremoso) e as imprescindíveis gotas de angostura | Coloque 50 ml de pisco quebranta (o menos aromático, próprio para drinques), 2 colheres (sopa) de suco de limão-taiti, 2 colheres (sopa) de xarope de açúcar*** e 4 colheres (chá) de clara de ovo numa coqueteleira com gelo e bata. Sirva em copo previamente resfriado e finalize com três gotas de Angostura. Rende 1 taça 



Foto: Rogério Voltan/ Editora Globo
VENEZUELA | Cambur frozen | O cambur, banana típica da Venezuela, é a estrela deste coquetel de frutas tropicais. Na falta de cambur, Fabio D Oliveira recomenda a banana-nanica, de sabor e textura similares | Coloque no liquidificador 50 ml de rum branco, 2 colheres (sopa) de banana-nanica, 4 colheres (chá) de polpa de goiaba sem sementes, 2 colheres (chá) de Cointreau, 2 colheres (chá) de suco de limão-siciliano e uma xícara de gelo em pedaços pequenos. Bata até a textura ficar homogênea. Sirva com canudo em uma taça para margarita e decore o drinque com raspas de limão. Rende 1 taça. 



*Leve ao fogo médio 500 ml de água, três paus de canela pequenos e 5 colheres (sopa) de rapadura ralada. Mexa gentilmente e deixe até a rapadura dissolver. Espere esfriar. Dura até três dias na geladeira.

**Misture uma xícara de açúcar orgânico com raspas finas de duas laranjas-baía e deixe repousar por 48 horas. Se o açúcar ficar úmido, leve-o a uma panela de fundo grosso em fogo médio e mexa até secar.

***Para fazer o xarope, misture 1 copo de água e 1 copo de açúcar e leve ao fogo médio até a primeira fervura. Retire do fogo e deixe esfriar. Mantenha refrigerado por até uma semana.



Fonte: http://revistacasaejardim.globo.com



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