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Videogame - Um tour pelas artes, parte 10

Olá jogadores, eu sou Willian Vulto e hoje é dia de um dos meus posts sobre as formas de arte. Semana passada eu falei sobre Quadrinhos (Veja Mais), e essa semana eu vou falar de um tipo de arte bem moderno. Hoje eu vou falar de Videogames.

Sobre Videogames
Os Videogames surgiram nos anos 70, mas só recentemente foram reconhecidos como uma forma de arte. Felizmente, eu estou escrevendo esse post logo depois da estreia de Bandersnatch, filme interativo de Black Mirror, lançado pela Netflix. Apesar de ser um filme interativo, para todos os efeitos é um jogo, assim como os livros-jogo e os próprios videogames. Esse filme é uma explosão narrativa e se você ainda não viu, você precisa ver.

Nós não sabemos exatamente qual é o objetivo da arte, mas eu venho usando como base para estes textos a ideia de que a arte é uma ferramenta de construção de narrativas. Sejam elas narrativas mais lógicas e lineares como na literatura, ou narrativas que vão atingir o espectador no campo do subconsciente e das emoções, como alguns tipos de música. Então vou continuar nessa linha, considerando que arte é narrativa.

Ora, eu passei todo o último post desta série exaltando como os Quadrinhos contam histórias e que além disso, convidam o espectador a ter ação e ser parte integrante daquela narrativa. Se isso é tão interessante nos quadrinhos, os games elevam isso a novos níveis tornando o jogador o motor da narrativa, permitindo total imersão e a não-linearidade da história.

Nesse sentido, a grande vantagem dos games é que, um game bem construído não possui só uma narrativa fechada, mas uma plataforma de criação para várias narrativas diversas e diferentes. Por mais simples que um jogo possa parecer, o sistema escolha-recompensa cria um fator de imersão que outras formas de arte não alcançam. E por mais repetitivo que um jogo possa ser, algumas dessas narrativas serão memoráveis para os jogadores que auxiliaram em sua construção.

Imagine um jogo de luta, onde toda a interação é baseada nas lutas e a narrativa parece extremamente simplista e repetitiva: começa uma luta, alguém ganha, alguém perde e segue para a próxima luta. Apesar de parecer muito simples quando se observa de longe, cada luta tem uma narrativa única e todo jogador desses jogos tem uma história para contar: "Teve uma vez que eu tomei uma surra daquele personagem". Dessa forma, cada luta é uma narrativa única e o código do jogo é apenas a base usada pelos jogadores no processo.

Mais recentemente surgem ainda os jogos de mundo aberto, com áreas enormes para explorar e os MMO (Massive Multiplayer Online) que extrapolam o conceito de participação e construção coletiva. É claro que qualquer mundo desses precisa de um "lore" e algumas narrativas base para colocar os jogadores em movimento, mas é a própria interação que dos jogadores com esse lore e com os outros jogadores que vai construir as narrativas mais memoráveis. Amizades online, construção de clãs, batalhas épicas e negociações de itens e até romances são exemplos de narrativas que podem surgir para jogadores diferentes em um mesmo jogo.

Então, em resumo, se a arte é uma ferramenta de construir narrativas, os games são obras de arte que, enquanto narrativas, possuem um grande poder de replicação, as vezes descontrolado. Todo jogo tem uma história, mas essa história se reproduz e ramifica toda vez que alguém joga.

Por outro lado, é interessante pensar que tudo isso é mais ou menos como a vida funciona. Tem um mundo com regras pré estabelecidas e um sistema bem complexo de escolha-recompensa. E esse mundo está só esperando que os jogadores, ou seja, nós, criemos as histórias dentro dele.

Assim sendo, posso afirmar que a vida é o videogame definitivo.

Indicações:
Vou indicar alguns jogos que eu gosto, por que a ideia é essa mesmo.

Chrono Trigger
O maior RPG de todos os tempos, com viagem no tempo e 13 finais diferentes

Brigandine Grand Edition
Um excelente RPG tático, com 6 reinos para jogar

Final Fantasy 6
Um RPG com uma história incrível

Tetris Attack
Um jogo de puzzle que parece simples, mas pode ser extremamente competitivo

Tactics Ogre
Outro RPG Tático com várias escolhas e vários finais diferentes

Castlevania: Symphony of the Night
É um bom RPG, mas está aqui por ter uma trilha sonora deslumbrante

Por hoje é só.
Espero que tenha gostado.
Continuo esse tour pelas artes na semana que vem. 
Até lá

Artigo
Willian Vulto
Um grande conhecedor do mundo das artes, filmes, games, literatura, quadrinhos e muito mais... Willian Vulto dirige o site de arte e entretenimento "Lugar Nenhum", local onde poderá conferir as novidades deste segmento com grande criatividade e exclusividade.

Acesse: lugarnenhum.net

Imagens: Google
Imagem de capa: Willian Vultu

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